A Semana do Meio Ambiente, celebrada anualmente na primeira semana de junho, é uma importante oportunidade para refletirmos sobre a nossa relação com o planeta e para fortalecer o compromisso coletivo com a preservação dos recursos naturais. Instituída no Brasil em 27 de maio de 1981, essa semana complementa o Dia Mundial do Meio Ambiente, promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU) desde 1972. Seu objetivo é sensibilizar a sociedade para a importância da preservação ambiental e incentivar práticas sustentáveis em todos os setores da vida cotidiana.

Em 2025, essa celebração ocorre em um contexto global de crescentes desafios ambientais, como o aquecimento global, a poluição e a perda acelerada da biodiversidade. Diante desse cenário, torna-se ainda mais urgente retomar e fortalecer o debate sobre sustentabilidade, consumo consciente, reciclagem e preservação dos ecossistemas.

No entanto, essas preocupações não são recentes. A defesa do meio ambiente, especialmente das florestas, já mobilizava cidadãos e intelectuais no passado. O acervo do Arquivo Público guarda registros históricos valiosos que testemunham esse engajamento. Entre eles, destacam-se documentos do fundo Romário Martins, importante pesquisador, escritor e defensor das riquezas naturais do Paraná.

Um exemplo disso é o folheto intitulado "Questões florestais para o projeto de organização do Código Florestal do Estado do Paraná", que apresenta reflexões sobre a necessidade de regulamentação e proteção das florestas paranaenses. Outro documento relevante é o Boletim nº 10, que traz o texto "Esforços pela defesa florestal do Paraná", de autoria do próprio Romário Martins. Nesses escritos, percebe-se uma clara preocupação com o desmatamento desordenado, com a valorização das matas nativas e com a busca por políticas públicas que garantissem a conservação ambiental a longo prazo.

Esses registros reforçam que o debate sobre sustentabilidade e preservação ambiental é parte de uma longa trajetória histórica. Ao resgatar esses documentos, o Arquivo Público não apenas preserva a memória, mas também contribui para o fortalecimento da consciência ambiental contemporânea.

Que a Semana do Meio Ambiente 2025 seja, portanto, um momento de aprendizado, ação e compromisso – inspirando-se também na sabedoria e na visão de futuro daqueles que souberam reconhecer o valor da natureza como patrimônio coletivo a ser protegido por todas as gerações.