Alfredo Andersen (1860 – 1935), norueguês radicado no Brasil e Cidadão Honorário de Curitiba, foi um artista de grande importância para a história da arte paranaense, sendo amplamente reconhecido como o “pai da pintura paranaense”. Sua contribuição foi além da produção artística: através de seus ensinamentos, ideias e pela formação de novos artistas, Andersen influenciou diretamente o desenvolvimento cultural do Paraná. Sua presença e obra ainda ecoam na identidade artística do Estado.

Alfred Emil Andersen, seu nome de batismo, nasceu em 3 de novembro de 1860, na cidade de Kristiansand, na Noruega. Ainda jovem, formou-se artisticamente na Europa, estudando em diversos ateliês e, formalmente, na Academia Real de Belas Artes de Copenhagen. Além de pintor, atuou também como professor e jornalista, construindo uma trajetória profissional sólida antes de sua vinda ao Brasil.

Filho de um capitão da marinha mercante, Alfredo teve contato com diferentes culturas desde cedo, viajando por diversos países europeus e americanos. Foi em uma dessas viagens, ao desembarcar em Paranaguá, que decidiu fixar residência no Brasil. Casou-se com Ana de Oliveira, com quem teve quatro filhos, estabelecendo raízes definitivas no país.

Em 1902, Andersen mudou-se com a família para Curitiba, onde fundou seu ateliê, retomou o ensino de desenho e pintura e participou ativamente da cena artística local. Promoveu exposições, realizou mostras e teve papel relevante em iniciativas culturais. Nesse período, desenvolveu o primeiro projeto para o brasão oficial do Estado do Paraná, em colaboração com o governo estadual. Em 1915, transferiu seu ateliê para a Rua Mateus Leme, local que hoje abriga o Museu Alfredo Andersen, dedicado à sua memória e à preservação de sua obra.

Alfredo Andersen faleceu em 1935, após uma vida dedicada à arte e ao ensino. Seus últimos anos foram marcados por homenagens e amplo reconhecimento por parte da sociedade paranaense. Seu legado permanece vivo, sendo lembrado como uma figura importante da história cultural do Paraná.