No Dia Internacional do Livro (23 de abril), foi inaugurada a Biblioteca do Servidor Público, no andar térreo do Palácio das Araucárias, em Curitiba, onde estão várias secretarias. Em evento promovido pelo Departamento de Saúde Ocupacional, da Secretaria de Estado da Administração e da Previdência (Seap), a biblioteca foi instalada no Espaço de Capacitação da Escola de Governo do Paraná.

A secretária da Administração e da Previdência, Dinorah Botto Portugal Nogara, destacou a alegria de ver mais essa iniciativa concretizada. “Ter esses livros disponíveis é importante porque a leitura abre horizontes e janelas, e isso faz com que nós ampliemos nossos conhecimentos e nossa capacidade de escrita”, afirmou.

O jornalista, escritor e membro da Academia Paranaense de Letras, Nilson Monteiro, também esteve no evento. Em discurso emocionado, ele ressaltou que o projeto deve ser se expandido para todo o Estado. “Quando você tem uma Secretaria de Estado que proporciona o acesso aos livros para seus funcionários, esse sonho deve ser espalhado para todos. Sem contar que isso é um exemplo para a comunidade”, ressaltou Monteiro.

A biblioteca foi idealizada pelo jornalista e assessor de Comunicação da Seap, Evandro Cesar Fadel, que coletou livros doados por instituições e pessoas físicas. Essa é a forma que continuará fazendo com que a biblioteca cresça. Por isso, ele fez um apelo para que as pessoas que têm livros em casa e, eventualmente, precisam se desfazer deles, que os tragam para fazer parte do acervo. “A leitura é o sonho que a gente escolhe sonhar. Você tem em uma prateleira um cardápio cheio de sonhos, você vai lá e escolhe qual você quer sonhar”, disse.

O diretor do Departamento de Saúde Ocupacional da Seap, Marcus Vinícius Garcia Negrão, disse que a expansão da biblioteca já está prevista e deve iniciar em breve. A ideia é desenvolver o projeto com uma estante pequena de livros na Perícia Médica de Curitiba e replicar o modelo no interior. “Nós temos 17 juntas médicas no Estado, então vamos disponibilizar uma caixa com 50 livros, em média, para que as pessoas de lá também tenham esse acesso à leitura e à troca”, afirmou.

Para o idealizador da biblioteca, os empréstimos de livros devem ser o mais informal possível. “A pessoa vem aqui, pega um livro que lhe interessa, anota a data, o nome, o livro que levou, o e-mail ou telefone. Não é uma forma de controle, mas uma maneira de saber aonde está o livro se eventualmente outra pessoa precisar dele”, explicou Fadel. Apesar de estar no Palácio das Araucárias, a biblioteca destina-se a todos os servidores públicos do Estado, que podem emprestá-los, ler e devolver.

A servidora Marcele Cordeiro, que atua no GRHS/Seap, encontrou justamente o livro que procurava: O Apanhador no Campo de Centeio. “Hoje, quando cheguei aqui, a primeira coisa que eu olhei foi esse livro, nem acreditei na hora. Eu tinha esse livro, mas foi emprestado pelo meu marido e nunca retornou, acabei não lendo”, disse.

O servidor da Casa Civil, Valcedir Gigolete Michenko, valorizou a possibilidade de empréstimo sem data para devolução. “Eu achei uma ótima iniciativa pois eu curso direito e tive a oportunidade de encontrar livros que podem me ajudar nos estudos, como esse que peguei emprestado, sobre os pré- socráticos, grandes filósofos do passado”.

Durante a inauguração, também houve um espaço para troca de livros já lidos, denominado “escambo literário”, e apresentação musical com Gerson Gomes.